Não é nossa intenção trazer aqui uma série de atividades prontas para que sejam aplicadas nas aulas de educação física para a criança portadora de síndrome de Down. Até porque o autor não percebe muitas diferenças da educação física para os ditos normais daquela outra dita, para os "deficientes", ou seja, a educação física especial ou "adaptada" (a nomenclatura varia de uma instituição para outra).
Assim, quanto menos fizermos adaptações nas nossas aulas, mais nossos alunos se sentirão capazes de realizações idênticas aos seus pares considerados normais. E, em verdade, parece que a educação física é, em sua essência, adaptada. Senão vejamos: quando aplicamos o conteúdo vôlei, por exemplo, para as crianças do ensino regular, fazemos algumas adaptações no que se refere ao jogo institucionalizado propriamente dito.
Podemos aumentar o número de jogadores, diminuir o tamanho da quadra, abaixar a rede, entre outros. Esse exemplo, respeitando suas particularidades, serve também para o futebol, o handball, a natação, etc.
Poderemos também vislumbrar um esporte (se for esse o conteúdo) da escola e não na escola (Bracht, 1992). O esporte da escola estaria subordinado aos interesses, necessidades, aspirações e inspirações do educando. A competição exacerbada, o princípio do rendimento a todo custo, o jogar contra o outro, as regras rígidas, por exemplo, não seriam as preocupações maiores daquele educador comprometido com a busca de uma fundamentação teórica mais consistente para desenvolver uma prática sócio-educativa coerente e identificada com as demandas de uma
educação voltada para a (re)construção humana. Esse educador possibilitaria, assim, "a geração de novas formações sociais" (Gamboa, 1991).
Parece também que a educação física "adaptada", para alguns, constituise em uma atividade bem diferente, porque atende a pessoas muito diferentes. Pensando assim, quanto mais adaptada se tornar a educação física para essa população e para todas as pessoas consideradas "deficientes", mais iremos promover e, assim, consagrar a deficiência.
Carecendo ainda de uma sólida fundamentação científica e dados concernentes à natureza e às características da população Down,podemos afirmar que as práticas pedagógicas em educação física, ao priorizarem jogos simbólicos e linguagem, esquema corporal, coordenação viso-motora, organização espaço-temporal, exercícios de atenção visual, auditiva e tátil, fortalecimento da musculatura respiratória, melhora da postura, do tônus e do equilíbrio darão contribuição de capital importância para a promoção da aprendizagem e bem-estar físico da criança portadora de síndrome de Down.
A seguir listarernos algumas sugestões ao professor-educador para que ele possa realizar intervenções pedagógicas mais coerentes com a realidade do aluno. Faz-se necessário frisar que o autor entende a formação profissional, em qualquer área de estudo, como um eterno vir a ser. Sem deixar discutir, obviamente, problemas concretos da realidade que se mostra, nem abandonandoconhecimentos já adquiridos anteriormente pelo professor.
1 . Convém trabalhar com grupos pequenos nas fases iniciais. Às vezes é preciso personalizar o trabalho, sobretudo quando o professor é ainda incipiente;
2. as explicações devem ser acompanhadas de demonstrações, que devem ser claras e breves;
3. utilize seus conhecimentos e adapte-os quando for necessário no sentido de atender à individualidade do aluno;
4. varie as atividades, a fim de obter a atenção e o prazer;
5. sempre que possível, socialilize a criança portadora de Síndrome de Down com os outros alunos. Lembre-se: a integração e a normalização, entre outras, são parte de nossa bandeira;
6. progrida lentamente, oferecendo primeiramente atividades familiares (Seaman & De Pauw, apud Rosadas, 1994);
7. promova a autoconfiança de seu aluno;
8. converse com todos os interessados (pais e toda a equipe que trabalha com você) a respeito de sua conduta pedagógica;
10. registre, por meio de anotações, fotografias, filmagens, todos os momentos de suas aulas;
11. procure não improvisar, tirando sua aula "do colete". Prepare-as sempre;
12. cultive nos alunos o gosto pela descoberta e pela busca de novos conhecimentos;
13. atualize-se! Atualize-se! Atualize-se!
Podemos aumentar o número de jogadores, diminuir o tamanho da quadra, abaixar a rede, entre outros. Esse exemplo, respeitando suas particularidades, serve também para o futebol, o handball, a natação, etc.
educação voltada para a (re)construção humana. Esse educador possibilitaria, assim, "a geração de novas formações sociais" (Gamboa, 1991).
Parece também que a educação física "adaptada", para alguns, constituise em uma atividade bem diferente, porque atende a pessoas muito diferentes. Pensando assim, quanto mais adaptada se tornar a educação física para essa população e para todas as pessoas consideradas "deficientes", mais iremos promover e, assim, consagrar a deficiência.
Carecendo ainda de uma sólida fundamentação científica e dados concernentes à natureza e às características da população Down,podemos afirmar que as práticas pedagógicas em educação física, ao priorizarem jogos simbólicos e linguagem, esquema corporal, coordenação viso-motora, organização espaço-temporal, exercícios de atenção visual, auditiva e tátil, fortalecimento da musculatura respiratória, melhora da postura, do tônus e do equilíbrio darão contribuição de capital importância para a promoção da aprendizagem e bem-estar físico da criança portadora de síndrome de Down.
1 . Convém trabalhar com grupos pequenos nas fases iniciais. Às vezes é preciso personalizar o trabalho, sobretudo quando o professor é ainda incipiente;
2. as explicações devem ser acompanhadas de demonstrações, que devem ser claras e breves;
3. utilize seus conhecimentos e adapte-os quando for necessário no sentido de atender à individualidade do aluno;
4. varie as atividades, a fim de obter a atenção e o prazer;
5. sempre que possível, socialilize a criança portadora de Síndrome de Down com os outros alunos. Lembre-se: a integração e a normalização, entre outras, são parte de nossa bandeira;
6. progrida lentamente, oferecendo primeiramente atividades familiares (Seaman & De Pauw, apud Rosadas, 1994);
7. promova a autoconfiança de seu aluno;
8. converse com todos os interessados (pais e toda a equipe que trabalha com você) a respeito de sua conduta pedagógica;
10. registre, por meio de anotações, fotografias, filmagens, todos os momentos de suas aulas;
11. procure não improvisar, tirando sua aula "do colete". Prepare-as sempre;
12. cultive nos alunos o gosto pela descoberta e pela busca de novos conhecimentos;
13. atualize-se! Atualize-se! Atualize-se!
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