sábado, 21 de abril de 2012

História do Esporte - Na Idade Média


O Esporte na Idade Média
A periodização eurocêntrica estabelece que Idade Média está compreendida entre o século V e o século XV. Ou seja, tem início em 476, com a queda de Roma, após a ocupação pelos hérulos, até a tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos, em 1453. Esse período durou aproximadamente mil anos.

De acordo com Oliveira (1983, p.33), podemos analisar a época medieval submetendo-a a uma divisão em dois períodos. A Alta Idade Média começa no século X e foi marcada por um grande obscurantismo cultural, fruto da decadência romana e das invasões dos povos bárbaros.

A Baixa Idade Média começa no século XI e estende-se até o século XV da era cristã. Nesse último período, a partir do século XI, apareceram grandes personalidades, destacando-se São Tomás de Aquino, o mais influente dos pensadores de um tipo de vida intelectual que predominou entre os séculos XI e XV, a escolástica.

Esse foi um período obscuro para a educação física e para as práticas esportivas. Os eventos esportivos eram marcados pela violência e os princípios esportivos deixados pela Grécia foram substituídos pela brutalidade. O cristianismo pregava o descaso pelas coisas do corpo para a salvação da alma.

Oliveira (1983, p. 34) aponta que, mesmo sem tercum destaque especial, as atividades físicas receberam uma atenção cuidadosa na preparação dos cavaleiros. A cavalaria era uma instituição destinada à minoria, quase sempre aristocrática, visando ao fiel cumprimento de proteção aos proprietários de terra.

Os cavaleiros recebiam um treinamento em que o xadrez era a única prática intelectual. Muitos deles não sabiam ler nem escrever. Eram muito hábeis em equitação, caça, esgrima, lança e arco e flecha. Os torneios e as justas representam a culminância dos exercícios físicos dos cavaleiros medievais, nos tempos de paz, como preparação para a guerra. O homem medieval, que havia abominado os espetáculos do circo e do anfiteatro, assistia agora aos combates simulados, cujos desfechos eram quase sempre trágicos.

O autor relata que, mesmo a pedagogia oficial não concedendo estímulos à prática esportiva, as atividades atingiam até as classes menos favorecidas, embora de modo tímido. Segundo Ramos (1982, p. 166), na Idade Média não existia a educação física escolar popular.

Nos pátios dos castelos e nos campos vizinhos, os jovens se adestram na esgrima e no emprego da maça. Praticavam corrida, saltos, escaladas, natação, jogos de luta e a doma de potros. Essas atividades eram privilégio da nobreza. O povo se divertia com atividades menos custosas, exercitando-se com a prática de exercícios naturais e alguns jogos tradicionais: arremessos, lutas, caças, arco e flecha, equitação e pelota.

A Inglaterra destaca-se como um verdadeiro núcleo esportivo desse período, dando preferência às atividades coletivas. Os jogos com bola eram os mais evidenciados. Dentre eles, encontramos o soule, um violento esporte jogado com as mãos e com os pés que foi o ancestral do futebol e do rugby. Na Itália, encontramos o cálcio, que foi antecessor do futebol. O jogo de malha era uma variação do soule e era praticado com um bastão. Era muito parecido com o hockey (OLIVEIRA,1983, p. 35).
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Pesquisa realizada e adaptada por:  Prof. Raul Vaz da Silva Neto – Educação Física (2012). Curso Olimpíada e Cidadania - Fascículo 2  

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Transformando Suor em Ouro - Bernardinho NO VOLEI E NA VIDA

Frases extraídas de seu livro:


Compreender a importância da instrução no desenvolvimento cultural e profissional.

Dedicar-se com obstinação, na busca de um objetivo.

Entender a paixão como fator essencial de motivação.

Superar as limitações pessoais pela disciplina.

Nunca esquecer que a vaidade é inimiga do espírito de equipe.

Buscar o "brilho da vitória" no olhar de seus colaboradores.

Trabalhar a perseverança, a obstinação, não desistindo nem recuando diante de obstáculos.

Desenvolver o senso de observação.

Entender que o sentido de coletividade é mais importante do que eventuais centelhas individuais.

Combater o desperdício de talento.

Falhe ao planejar e estará planejando falhar.

Monitorar constantemente sua vaidade.

Treinar ao nível extremo significa desenvolver ao máximo sua capacidade de realização.

Detectar e desenvolver talentos é uma das principais atribuições do líder.

Estudar, ler, observar, questionar constituem o processo de preparação.

Assumir o desafio de, ao encontrar um time pronto, conquistar as pessoas e fazer delas o "SEU" Time.

Lembrar-se sempre de que o talento, por si só, não basta.

Boas performances dependem de conteúdo (fruto de preparação) + entusiasmo (fruto da paixão).

Encarar os desafios como grandes oportunidades.

Não prometer o que não pode ou não pretende cumprir.

Entender a importância de todas as peças, mesmo as "consideradas" menos importantes.

Criar metas ideais.

Acreditar na força transformadora do efeito pigmalião (quanto mais o chefe mostrar que acredita no potencial de seus colaboradores e se dedicar a eles, maior será sua produtividade)

Não rotular as pessoas.

Concertrar-se no condicionamento, nos fundamentos e na união para a formação de uma equipe vitoriosa.

Trabalhar para fortalecer a parte emocional, de forma a não perder o foco na execução de uma tarefa.

Tentar entender os porquês de uma derrota, assumir suas responsabilidades e seguir em frente.

Inconformismo, insatisfação - sem isso, não se dá um passo à frente.

Não existem atalhos para o sucesso, mas o trabalho intenso é a estrada mais curta.

Errar na forma é aceitável, mas nunca na intenção.

O questionamento é uma grande fonte de crescimento, e o crescimento permanente, uma grande fonte de satisfação.

Entender a importância do trabalho em equipe (Team Work)

Incentivar lideranças.

Manter a motivação sempre elevada.

Preservar e buscar se superar constantemente.

Trabalhar o comprometimento e a cumplicidade entre as peças da "grande engrenagem".

Disciplina e Ética são hábitos que perpetuam os bons resultados.

Assumir responsabilidades e tentar extrair lições das derrotas para não repetir os erros.

O verdadeiro líder deve se manter sempre atento aos seus colaboradores.

Tentar evitar as armadilhas do sucesso.

Ter consciência coletiva exige desprendimento, solidariedade, companheirismo e espírito de equipe.

Uma equipe nem sempre é formada pelos melhores, mais capazes, mas sim pelos colaboradores certos.

Uma equipe vencedora tem sempre bons reservas.

Ter senso de urgência. (realizar cada tarefa como se fosse a mais importante. Jogar cada ponto como se fosse o decisivo.)

Entender que a condição de favoritismo atribuída a nós por outros deve servir como sinal de alerta.

Saber que as vitórias do passado só garantem uma coisa: grandes expectativas e maiores responsabilidades.

Criar zonas de desconforto para afugentar a armadilha do sucesso e testar o comprometimento dos vitoriosos.

Conscientizar-se de que o verdadeiro campeão controla a vaidade para que, como um autêntico TEAM PLAYER, eleve o nível de atuação de todos à sua volta.

Um trabalho de preparação meticuloso é o caminho mais curto para a vitória.

É importante que os "primeiros da classe" se preparem com a mesma intensidade daqueles que os perseguem, caso contrário serão alcançados e provavelmente ultrapassados.

Optar pelas pessoas certas e não pelas mais talentosas.

Focar no trabalho de equipe.

Fomentar as lideranças no grupo.

Treinamento extremo. (nada substitui o treinamento)

Buscar equilíbrio entre cobranças e condições externas.

Atenção ao sucesso e suas armadilhas.

Buscar constantemente a excelência.

Bernadinho, Técnico da Seleção Brasileira de Vôlei - Masculino Adulto.




TEM WORK

"Se não houver paixão, se não houver comprometimento, tudo o mais é inútil".

"A Expectativa gera responsabilidade, o que leva à necessidade de mais trabalho e a uma atenção ainda maior aos detalhes".

"O Sucesso tem muitos pais, mas o fracasso é quase órfão".