segunda-feira, 5 de novembro de 2012

DIABETES


Praticar exercícios físicos é muito importante para qualquer indivíduo, pois está provado cientificamente que o sedentarismo é prejudicial à saúde. Para a pessoa que tem diabetes, a atividade física traz diversos benefícios adicionais, como o aumento da ação da insulina.
As vantagens de praticar exercícios podem ser divididas em dois tipos: imediatos e tardios.
Como benefício imediato, ou seja, aquele que ocorre logo no primeiro dia, podemos citar:- Aumento da ação da insulina
- Aumento da captação da glicose pelo músculo
- Captação da glicose no período pós-exercícios
- Diminuição da glicose sangüínea
- Aumento da sensibilidade celular à insulina
Já os benefícios tardios são:
- Incremento das funções cardio-respiratórias
- Incremento da força e da resistência
- Outros benefícios: Aumento da ação da insulina

Aumento da Ação da Insulina
Em um primeiro momento a afirmativa que a "atividade física aumenta a ação da insulina" parece estar errada, pois há diminuição da produção de insulina durante o exercício. O mecanismo que rege a produção de insulina não tem relação com o mecanismo que rege sua ação. Além disso, a insulina exógena e/ou os hipoglicemiantes orais têm sua ação aumentada pelo aumento do metabolismo, razão pela qual se recomenda, sob orientação médica - e somente nessa condição - diminuir a medicação no dia que a pessoa com diabetes realizar alguma atividade física. Este mecanismo é um dos responsáveis por hipoglicemias induzidas pelo exercício.
Aumento da Captação da Glicose pelo Músculo
Existem três mecanismos responsáveis pelo aumento da utilização e captação da glicose pelas células musculares. Eles consomem grande quantidade de glicose durante o exercício: o aumento da ação da insulina, causada pelo aumento do metabolismo, a atuação específica do exercício nos glicotransportadores GLUT4 e o conseqüente aumento da sensibilidade à insulina.
Captação da Glicose no Período Pós-exerccios
Este fenômeno é responsável por hipoglicemias que ocorrem até 48 horas após a atividade física, sendo explicado pela reposição de glicogênio pelas células e pelo gasto energético causado pela recuperação do organismo, sempre na presença de insulina exógena.
Aqui cabe uma explicação: tão importante quanto a atividade física em si é o período de recuperação do organismo. De pouco, ou de nada, adianta, após uma caminhada de 40 minutos no final da tarde, sentar-se à mesa para saborear uma picanha com fritas. O que foi gasto durante o exercício em poucas horas já estará circulando nas veias.
Diminuição da Taxa de Glicose
A redução dos índices de glicemia é um dos efeitos mais significativos da atividade física no diabetes. A glicoseé fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exercício. Assim, a atividade física tem função parecida com a insulina no tocante ao aumento da utilização de glicose pela célula.
Uma queda para valores inferiores a 60-70 mg/dl caracteriza hipoglicemia induzida pelo exercício, o que mais comum em pessoas com diabetes que utilizam insulina do que os que não usam. Mas mesmo indivíduos que não têm diabetes estão sujeitos a hipoglicemias durante o exercício, o que causa tontura, visão turva e até desmaio.
Aumento da Sensibilidade Celular à Insulina
Com comprovada atuação nos glicotransportadores, a atividade física eleva a sensibilidade celular à insulina, tornando-a mais eficiente. Este efeito possui duração de 2-3 dias, assim como os outros benefícios descritos acima. Por isso, prescrevem-se rotinas de, no mínimo, três dias intercalados por semana, sendo desaconselhável, por esses e outros motivos, as atividades exclusivas de finais de semana.
Benefícios Tardios
Como podem observar, a atividade física produz alterações significativas no contexto glicêmico, mesmo a curto prazo. Mas não são apenas estes os benefícios produzidos pelos exercícios.
Existem também os benefícios tardios, que necessitam de algum tempo para serem notados, normalmente 3 a 4 semanas, dependendo da adaptação orgânica ao esforço. Importante aqui também o procedimento da pessoa com diabetes durante a recuperação.
Incremento das Funções Cardio-Respiratórias
Sob este título se encontram algumas adaptações do sistema cardio-respiratório e circulatório, descritos na tabela abaixo, que sofrem influência direta do esforço a que o organismo é submetido durante a atividade física.
 Efeito
Peso e volume do coraçãoAumento
Volume sangüíneoAumento
Freqüência cardíaca de repousoDiminuição
Fluxo sangüíneo e distribuição do sangueAumento
Pressão arterial em repousoDiminuição
VO2 máximoAumento
Freqüência cardíaca máximaAumento
Freqüência respiratória em repousoAumento
Glicogênio muscular e hepáticoAumento
Massa muscularAumento

O aumento no peso e no volume do coração proporciona diminuição da freqüência cardíaca de repouso e da freqüência cardíaca máxima, pois o coração passa a contrair e bombear sangue mais eficientemente. O aumento do glicogênio hepático e muscular contribui para minimizar os efeitos das hipoglicemias.
Incremento da Força e da Resistência
O ganho de massa muscular e a melhora no fornecimento e na utilização de oxigênio e energia proporcionam aumento da força muscular, assim como da resistência geral do organismo ao esforço.
Um erro comum é confundir aumento do peso corporal com aumento da gordura corporal. O ganho de massa muscular contribui para elevação do peso corporal, mas não tem relação com aumento de gordura corporal, que tende a diminuir com a rotina de exercícios.
Diminuição da Gordura Corporal
Após 20-30 minutos de exercícios, a gordura passa a ser a fonte primordial de energia, proporcionando decréscimo da gordura nas células adiposas. Dois aspectos importantes para quem quer perder massa corpórea gorda: o tempo mínimo de 30 minutos de exercícios e a ingestão calórica menor do que o gasto. Ninguém vai perder peso se consumir mais calorias do que gasta.
Redução dos Fatores de Risco de Doenças Coronarianas
Atribui-se à atividade física regular o decréscimo do colesterol de baixa densidade - LDL-colesterol - e de muito baixa densidade - VLDL-colesterol (conhecido como mau colesterol) e do triglicérides; e aumento do colesterol de alta densidade - HDL-colesterol - (conhecido como bom colesterol), o que contribui, juntamente, com a diminuição da gordura corporal e aumento da eficiência cardíaca e circulatória, com a diminuição de problemas cardíacos, mesmo aqueles associados ao diabetes, como o infarto do miocárdio e arterosclerose.
A inatividade física é um dos principais fatores de risco de doenças coronarianas, ficando atrás apenas do fumo, pressão arterial e colesterol elevados.
Redução da Ansiedade e da Depressão
O exercício aeróbico contribui para o lançamento, na corrente sangüínea, de certas substâncias neuroquímicas responsáveis pela redução da ansiedade e da depressão, como as endorfinas. A atividade fsica está, portanto, associada à sensação de bem estar do indivíduo fisicamente ativo.
Outros Benefícios
Além dos benefícios citados, que em si já merecem especial atenção, um efeito importante é que a atividade física possui a efetiva contribuição à prevenção de DM tipo 2 em pessoas com predisposição à doença. Explicações deste fenômeno no estão totalmente esclarecidas, mas evidências apontam para o aumento da sensibilidade celular à insulina, agindo no glicotransportador GLUT4, para a diminuição da gordura corporal, diretamente associada à maior resistência à insulina*, e também para a diminuição do estresse.
Como podemos notar, as qualidades atribuídas à atividade por si já corroboram para que qualquer pessoa com diabetes se engaje num programa de exercícios. Além do que, a manutenção da taxa de glicose no sangue em valores adequados (por exemplo, com hemoglobina glicosilada inferior a 7 %) é responsvel por reduções nas incidências de doenças secundárias ao diabetes: neuropatia, nefropatia, retinopatia etc, e dos sintomas do diabetes: poliúria, polifagia, polidpsia, glicosúria etc.
Se a pessoa com diabetes assumir sua doença e tratá-la como convém, espera-se um quadro que contribua para uma menor necessidade de medicamentos (principalmente do diabetes tipo 2) e dieta menos restritiva (quando na melhora de alguns quadros patológicos).


O que ensinar?

    "O principal instrumento que os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem nesta direção é a abordagem dos conteúdos escolares em procedimentos, conceitos e atitudes. Apontam para uma valorização dos procedimentos sem restringi-los ao universo das habilidades motoras e dos fundamentos dos ESPORTES, incluindo procedimentos de organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros. Aos conteúdos conceituais de regras, táticas e alguns dados históricos factuais de modalidades somam-se reflexões sobre os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência, entre outros. E, finalmente, os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objeto de ensino e aprendizagem e propostos como vivências concretas pelo aluno, o que viabiliza a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro."(BRASIL, 1998, p.45).

Prazer, técnica e interesses

    "No caso específico dos jogos e ESPORTES, é preciso ter claro que apenas as situações de jogo são insuficientes para garantir a aprendizagem do próprio jogo e que apenas os exercícios baseados em recortes e aspectos isolados (os fundamentos de uma modalidade ESPORTIVA, por exemplo) não serão suficientes para, somados, contemplarem a aprendizagem de cada uma dessas práticas da cultura corporal de movimento, principalmente nas dinâmicas que envolvem aspectos relacionais. Nem por isso a aprendizagem dos aspectos técnicos, táticos ou estratégicos deve ser vista como possível apenas por meio de exercícios de repetição, descontextualizados, sérios, mecânicos, inclusive nas situações específicas de aprendizagem motora. Deve-se buscar sempre a formulação de atividades significativas, que façam sentido para o aluno." (BRASIL, 1998, p.49).

Estilo pessoal e relacionamento

    "Quanto mais domínio sobre os próprios movimentos o indivíduo conquistar, quanto mais conhecimentos construir sobre a especificidade gestual de determinada modalidade ESPORTIVA, de dança ou de luta que exerce, mais pode se utilizar dessa mesma linguagem para expressar seus sentimentos, suas emoções e o seu estilo pessoal de forma intencional e espontânea. Dito de outra forma, a aprendizagem das práticas da cultura corporal inclui a reconstrução dessa mesma técnica ou modalidade, pelo sujeito, com a criação de seu estilo pessoal de exercê-las, nas quais a espontaneidade deve ser vista como uma construção e não apenas como um estado de ausência de inibições." (BRASIL, 1998, p.56).

Esportes, jogos, lutas e ginásticas

    "Assim, considera-se ESPORTE as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional. Envolvem condições espaciais e de equipamentos sofisticados como campos, piscinas, bicicletas, pistas, ringues, ginásios etc. A divulgação pela mídia favorece a sua apreciação por um diverso contingente de grupos sociais e culturais. Por exemplo, os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de FUTEBOL ou determinadas lutas de boxe profissional são vistos e discutidos por um grande número de apreciadores e torcedores." (BRASIL, 1998, p.70).

    "Uma prática pode ser vivida ou classificada em função do contexto em que ocorre e das intenções de seus praticantes. Por exemplo, o FUTEBOL pode ser praticado como um ESPORTE, onde se valorizam os aspectos formais, considerando as regras oficiais que são estabelecidas internacionalmente (e que incluem as dimensões do campo, o número de participantes, o diâmetro e o peso da bola, entre outros aspectos), com platéia, técnicos e árbitros. Pode ser considerado um jogo, quando ocorre na praia, ao final da tarde, com times compostos na hora, sem árbitro nem torcida, com fins puramente recreativos. E, em muitos casos, esses aspectos podem estar presentes simultaneamente. Incluem-se neste bloco as informações históricas sobre as origens e características dos ESPORTES, jogos, lutas e ginásticas, e a valorização e apreciação dessas práticas." (BRASIL, 1998, p.71).

Diversidade

    "O acesso à informação na área não se restringe aos procedimentos, mas está intimamente ligado a eles, à possibilidade concreta de vivenciar o maior número possível de práticas e modalidades da cultura corporal de movimento. Na pior das hipóteses, o contexto escolar dispõe de um tempo e de um espaço que, mesmo quando inadequados, precisam ser bem aproveitados. A Educação Física escolar não pode reproduzir a miséria da falta de opções e perspectivas culturais, nem ser cúmplice de um processo de empobrecimento e descaracterização cultural. Ou seja, o mesmo espaço-tempo que viabiliza o FUTEBOL e a queimada deve viabilizar o VÔLEI, o tênis com raquetes de madeira, os jogos pré-DESPORTIVOS, a dança, a ginástica, as atividades aeróbicas, o relaxamento, o atletismo, entre inúmeros outros exemplos." (BRASIL, 1998, p.83-84).

Aprendizagem específica

    "A vivência da diversidade pode, paulatinamente, ser ampliada pela experiência do aprofundamento na direção da técnica e da satisfação, pautada nos interesses de obter respostas mais complexas para questões mais específicas, sejam elas de natureza conceitual, procedimental ou atitudinal. Por exemplo, um ESPORTE como o FUTEBOL traz como possibilidade de aprofundamento o desenvolvimento técnico, tático e estratégico pelo treinamento sistematizado de fundamentos e conceitos. Permite a organização e a participação de equipes com finalidades competitivas e recreativas em campeonatos, festivais, eventos de confraternização. O estudo da história do FUTEBOL no Brasil permite a reflexão sociopolítica sobre a condição do negro, a evolução do ESPORTE-espetáculo e as relações trabalhistas, o ufanismo, o fanatismo, a violência das torcidas organizadas, a emergência do FUTEBOL feminino etc." (BRASIL, 1998, p.86).

Olhar sobre os conteúdos

    "Por exemplo, os movimentos utilizados nos jogos e nos ESPORTES, como bater bola, saltar, arremessar, lançar, chutar de diferentes formas, quicar uma bola e amortecê-la de diferentes formas, rebater com taco, rebater com raquete etc., podem ser abordados dentro da dimensão individual, pois prescindem da presença do outro para acontecer. No entanto, o fato de esses fundamentos poderem ser praticados fora de uma situação real de jogo, na qual a ação do grupo sobre a aprendizagem fica reduzida, gerará uma situação favorável à construção individual. O que não quer dizer que o trabalho individual seja pré-requisito para o trabalho coletivo, mas que esse olhar ajudará a localizar uma possível dificuldade do aluno, passível de tornar-se causa de exclusão." (BRASIL, 1998, p.106).

    "Certos procedimentos utilizados nos jogos e ESPORTES (finta, marcação, bloqueio, corta-luz., jogadas táticas de um modo geral), nas danças (coreografia coletiva, dança de casais) e nas lutas caracterizam situações específicas nas quais a aprendizagem ocorre em contextos relacionais. O olhar do professor deve recair sobre o que, nessas dinâmicas relacionais, está favorecendo ou dificultando a inclusão dos alunos e, em conseqüência, a possibilidade de aprendizagem. Por exemplo, observar se a capacidade de conduzir, fintar e passar uma bola dentro do jogo está favorecendo a participação de todos, ou se, restrita aos mais habilidosos, torna o jogo desmotivante para os demais. Nas atividades rítmicas e expressivas, se as habilidades individuais (percepção do ritmo, fluidez de movimento, coordenação) aplicadas para dançar com o outro ou em grupo estiverem sendo extremamente valorizadas como determinantes de sucesso e fracasso, de ter jeito ou não, podem estar favorecendo situações de exclusão." (BRASIL, 1998, p.107-108).

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Estudo de Textos Científicos - Educação Física

Alunos e Alunas do 3º ano do ensino médio, da Escola Mons. José Gerardo Ferreira Gomes, estarão trabalhando a partir de agora, textos que abordam o esporte.

O negócio dos esportesEditado por Scott R. Rosner e Kenneth L. Shropshire (Jones and Bartlett Publishers).

O TRABALHO DO ATLETA E A PRODUÇÃO DO ESPETÁCULO ESPORTIVOProfª Drª Katia Rubio
Universidade de São Paulo

- Esporte: Espetáculo da Mentira
A técnica faz do esporte o espetáculo ideal televisivo e assim o transforma.
Esporte: Espetáculo da Mentira 

O IMAGINÁRIO DA DERROTA NO ESPORTE CONTEMPORÂNEO
Kátia Rubio
Universidade de São Paulo – USP-SP


Os alunos irão apresentar suas conclusões com a leitura de cada texto, em forma de seminários. 

Postarei após a conclusão deste trabalho algumas fotos.

Atividade Física e Prevenção de Doenças Crônico-degenerativo

Estou lançando para as turmas do 2º ano da EEFM Mons. José Gerardo Ferreira Gomes, estudos voltados para a Atividade Física e Prevenção de Doenças Crônicos-Degenerativas. Através de atividades físicas regulares podemos em muito minimizar problemas de saúde. Exemplos: Obesidade, Depressão, Estresse, Doenças voltadas para o coração, pulmões e, dentre outros órgãos do nosso organismo. Assim, se estabelece grupos de trabalho e pesquisa, onde alunos e alunas, deverão pesquisar, selecionar os melhores assuntos sobre cada tema e apresentar em plenárias através de seminários. 
As doenças destaques são:
1) OBESIDADE
2) ESTRESSE
3) DEPRESSÃO
4) OSTEOPOROSE
5) CÂNCER DE CÓLON
6) CÂNCER DO PULMÃO
7) CÂNCER DE PRÓSTATA
8) ALZHEIMER
9) PARKINSON
10) ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
11) DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CORONARIANA
12) ARTROSE
13) DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA
14) DIABETES MELITO TIPO II
15) HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
16) ANSIEDADE.

Essas são as doenças em que, a pessoa realizando atividades físicas e com o monitoramento sobre elas, há enormes possibilidades de que minimizem esses tipos de doenças nas pessoas.

Depois irei colocar alguns registros sobre esse seminário.

sábado, 1 de setembro de 2012

I FEIRA TRANSDISCIPLINAR DE ESPORTES

Hoje, 1º de setembro, ocorreu na EEFM MONS. JOSÉ GERARDO FERREIRA GOMES, a I Feira Transdisciplinar de Esportes, esportes esses que correspondem aos Esportes Olímpicos (30 modalidades), Esportes Paralímpicos (20 modalidades), Esportes de Inverno (16 modalidades), Esportes Radicais (12 modalidades) e Esportes que não são olímpicos (13 modalidades). 

Tivemos brilhantes trabalhos, bem focados, como também os alunos se prepararam bem para as mais diversas curiosidades dos visitantes. Tenho a absoluta certeza, que os participantes diretos e indiretos estão satisfeitos com o resultado satisfatório da I feira Transdisciplinar de Esportes. Esta feira teve a contribuição eficiente dos professores, pois deram a maior força para que o evento se concretizasse. O núcleo gestor da escola, apoiou e incentivou o projeto, meus sinceros agradecimentos. 

Como coordenador, idealizador deste, quero tornar público minha enorme satisfação em relação ao resultado obtido, com a participação de quase nossa totalidade de turmas da escola. 

Abaixo algumas fotos do evento. 












 
    

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ginástica Artística - Ouro na Olimpíadas

A Ginástica Artística (Olímpica) é um conjunto de exercícios corporais sistematizados, aplicados com fins competitivos, em que se conjugam a força, a agilidade e a elasticidade. O termo ginástica origina-se do grego gymnádzein, que significa “treinar” e, em sentido literal, “exercitar-se nu”, a forma como os gregos praticavam os exercícios.

História

Foi na Grécia que a ginástica alcançou um lugar de destaque na sociedade, tornando-se uma atividade de fundamental importância no desenvolvimento cultural do individuo.

Exercícios físicos eram motivo de competição entre os gregos, prática que caiu em desuso com o domínio dos romanos, mais afeitos aos espetáculos mortais entre homens e feras.

Durante a sangrenta Idade Média, houve um desinteresse total pela ginástica como competição e o seu aproveitamento esportivo ressurgiu na Europa apenas no inicio do século XVIII. Foram então criadas a escola Alemã (caracterizada por movimentos lentos e rítmicos) e sueca (à base de aparelhos). Elas influenciaram o desenvolvimento do esporte, em especial o sistema de exercícios físicos idealizado por Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o Turnkunst, matriz essencial da ginástica olímpica hoje praticada.

Modalidaes


A ginástica artística (olímpica) baseia-se na evolução técnica de diversos exercícios físicos.

Para os homens, as provas são: barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, salto sobrea mesa, argolas e solo.

As mulheres disputam exercícios de solo(com fundo musical) salto sobre a mesa (1,25 m de altura), paralelas assimétricas(de 2,50 m e 1,70m de altura), e trave de equilíbrio(de 10 cm de largura e 5 metros de comprimento).

Julgamento e pontuação


Os exercícios de cada ginasta são avaliados por um Painel de Árbitros (Painel A e B). A principal função do Painel A é avaliar o valor máximo do conteúdo do exercício, que é a Nota A. Ela compreende:

* Valor de Dificuldade: são considerados os 9 elementos de maior dificuldade mais a saída (nas paralelas e solo). Na trave são considerados os 8 elementos de maior dificuldade mais o giro e a saída. Esses elementos estão codificados de A (0,10 – elementos mais simples) a G (0.70 – elementos mais complexos).


Requisitos de Grupos de Elementos: São 05 (cinco) valendo 0.50p. cada um.

* Valor de Ligação: é obtido através de combinações únicas e de alto grau de dificuldade de elementos nas paralelas, trave e solo.

A principal função do Painel B é avaliar as falhas de execução e apresentação artística, que ocorrem durante o exercício.

A Nota B compreende as deduções por falhas de execução e apresentação artística. Para calcular a Nota B, soma-se o total de deduções de execução e apresentação artística, e subtrai-se de 10.0p.

Cálculo da Nota Final:

* Nota A + Nota B = Nota Final

Todas as informações referentes à avaliação dos exercícios estão contidas no Código de pontuação da FIG, que rege a arbitragem internacional, e que tem a validade de um ciclo olímpico.

Competições


A ginástica faz parte das olimpíadas desde as competições de Berlim(1936) quando foram criadas as categorias masculina e feminina, individual e por equipe. A cada dois anos realizam-se campeonatos mundiais. Na Ginástica Olímpica Feminina, podem participar desses campeonatos e das Olimpíadas ginastas de 16 anos de idade ou mais.

Na história dos jogos olímpicos, destaca-se o desempenho das ginastas femininas, como a soviética Olga Korbut, medalha de ouro em Munique(1972), e a romena Nadia Comaneci, em Montreal (1976). Aos 14 anos, Comaneci obteve quatro vezes a nota dez do júri, alcançando ouro nos exercícios individuais, nas barras assimétricas e na trave de equilíbrio.

A primeira participação do Brasil no esporte em uma Olimpíada foi em Moscou-1980, com Claudia Magalhães e João Luiz Ribeiro. Em Los Angeles-1984, Gerson Gnoatto e Tatiana Figueiredo, que terminou na 27º colocação, representaram nossa ginástica. Luisa Parente, que ganhou os Jogos Pan Americanos de 1991, também participou das Olimpíadas de 1988 e 1992; No masculino, Guilherme Saggese Pinto terminou em 89º lugar em Seul, enquanto Marco Antônio Monteiro ficou com 84º posição nos jogos de Barcelona. A ginasta Soraya Carvalho conseguiu se classificar para as Olimpíadas de Atlanta-1996, mas não pode competir devido a uma lesão no tornozelo.

Nos Jogos de Sydney, em 2000, o Brasil conseguiu levar, pela primeira vez , duas ginastas às Olimpíadas(Daniele Hypólito e Camila Comin). Daniele Hypólito entrou para a história da ginástica brasileira ao obter no Campeonato Mundial de 2001, em Ghent, a 1ª medalha de prata por aparelhos, no solo. Em 2003, a ginasta Daiane dos Santos entra para a história do esporte brasileiro ao se tornar a primeira mulher a conseguir uma medalha de ouro individual.

Ela obteve esse feito no Campeonato Mundial em Anaheim, nos EUA, ao sagrar-se campeã na prova de solo, e pela primeira vez o Brasil consegue classificar uma equipe completa no feminino para os Jogos Olímpicos. Diego Hypólito entra para a história da ginástica ao tornar-se campeão mundial de solo, em Melbourne, na Austrália em 2005, e vice-campeão no ano seguinte em Aahrus, na Dinamarca.

E a ginasta Jade Barbosa conseguiu mais uma façanha para a ginástica brasileira, elevando o nome do Brasil ao cenário internacional, conquistando a medalha de bronze no individual geral, no Campeonato Mundial, em Stuttgart, 2007, uma das provas mais difíceis, pois a ginasta tem que ser excelente nos quatro aparelhos.

Neste mesmo evento, Diego Hypólito sagrou-se bi-campeão na prova de solo masculino, e a equipe feminina, além de conquistar o respeito das grandes potências da ginástica internacional, conseguiu o feito histórico de se classificar em 5º lugar na final por equipes, o melhor resultado já obtido em toda história da ginástica brasileira!
Fonte: Confederação Brasileira de Ginástica

Curiosidades


A primeira participação em Jogos Olímpicos foi em Atenas 1896.

No século II a.C, ginastas corriam em direção a um touro, seguravam os chifres do animal e saltavam realizando uma acrobacia. Daí a origem do salto sobre o cavalo;

Com apenas 14 anos, a romena Nadia Comaneci entrou para a história dos Jogos Olímpicos em Munique 1976 ao ser a primeira ginasta a receber nota 10 de todos os jurados;

Larissa Latyna, ginasta da ex-União Soviética é a atleta que ganhou mais medalhas Olímpicas na história. Foram 18, sendo nove de ouro;

A brasileira Daiane dos Santos foi a primeira ginasta a executar um salto chamado duplo twist carpado no solo. Por isso, o movimento foi batizado com o sobrenome de Daiane: "Dos Santos". 

Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Educação Física sem Bullying

Se por um lado a Educação Física pode despertar nos alunos sentimentos de cooperativismo, companheirismo e inclusão, por outro, tende a criar situações de competitividade, agressividade e discriminação em meio às quais práticas de bullying podem surgir - sobretudo em relação aos alunos acima do peso ou com pouca habilidade nos esportes.

Foi o que a professora Joice Silva enfrentou ao assumir as aulas no Colégio Estadual Frederico Costa, de Salvador (BA). "A disciplina já cria a ideia de que só os melhores podem participar. Os próprios alunos começam a selecionar quem eles querem em seu time, tentando encontrar os mais aptos", explica.

Nesse processo de seleção e exclusão começam a surgiu atos de bullying entre os colegas. "Aparecem os apelidos, os termos que eles utilizam para classificar os colegas: menina é lerda, é fraca, vai se machucar; os gordinhos são lentos", comenta a professora.

Diante da situação, Joice resolveu intervir nas regras convencionais dos esportes, junto com os alunos. No basquete, por exemplo, antes de arremessar a bola, eles devem passá-la por, pelo menos, três meninas do grupo. "Querendo ou não, a bola acaba passando por todos. A regra que, na maioria dos casos é para impor limites, acaba por ampliá-los", conclui.

A professora passou também a organizar pequenos debates durante as aulas, questionando os alunos sobre quem é o vencedor e quem é o perdedor, em determinadas situações. "A participação deles aumentou e a convivência melhorou porque o objetivo da aula deixou de ser somente vencer o jogo e passou a ser se divertir e aprender com o grupo", avalia.

Palavra de especialista
Bullying é resultado de ações intencionais de desrespeito e pode ter origem em diferentes causas que vão desde ambientes familiares e escolares agressivos até a falta de valorização pessoal e de perspectivas. "O alvo e o autor de bullying sempre apresentam algum problema em relação ao valor de si. Por isso, o maior antídoto é promover um ambiente onde crianças e adolescentes se sintam valorizados e que possam reconhecer o valor do outro", explica Vanessa Vicentin, doutora em Psicologia Escolar pela Universidade de São Paulo (USP).

Para a pesquisadora, ao colocar a cooperação como pilar para as atividades da disciplina de educação física, Joice consegue demonstrar para os alunos que o respeito mútuo é o princípio que deve nortear as relações entre as pessoas. "Praticando e analisando as regras que criaram, as crianças se sentem pertencentes a sua construção e percebem a necessidade de colocá-las em prática", explica.

Neste ambiente construído com base na participação dos alunos o professor atua como um mediador nas situações de conflito e o índice de casos de bullying tende a diminuir. "O professor não deve resolver os conflitos entre os alunos e dizer quem está certo ou errado, mas incentivá-los a expressar pontos de vista e sentimentos e discutir formas alternativas de resolver os problemas sem se prejudicar ou prejudicar o próximo", alerta Vicentin.

A especialista também indica uma técnica que pode ser usada pelo professor em sala de aula: "o estatuto antibullying". Na primeira etapa, os alunos devem responder de forma anônima a questionários que busquem avaliar as condutas de bullying em sala. Depois, os próprios alunos ajudam a tabular os resultados e passam a discutir em subgrupos como resolver os problemas de desrespeito. Ao final, eles apresentam as propostas e, por votação, elaboram o "estatuto antibullying", com regras de condutas deliberadas e discutidas por todos.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O esporte na Idade Moderna e na Idade Contemporânea


O esporte na Idade Moderna e na Idade Contemporânea

Entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna, houve um período de grandes transformações denominado de Renascimento. Foi um movimento intelectual que atingiu todos os setores da sociedade, como a cultura, a economia, a política e a religião, e teve efeitos significantes nas artes, na filosofia e nas ciências.

A partir do século XVIII, apareceram inúmeros filósofos, pedagogos e pensadores que fixaram as bases da educação física moderna e influenciaram as escolas e os sistemas posteriores.

Segundo Oliveira (1983, p. 39), nesse período podemos encontrar os reais precursores de uma educação física que se firmaria no horizonte pedagógico do século seguinte.

Basedow fundou, em 1774, na Alemanha, o primeiro estabelecimento escolar com um currículo no qual a ginástica e as disciplinas chamadas intelectuais tinham o mesmo peso. Ainda na Alemanha, Salzmann funda, em 1784, outra escola que reconhece os valores pedagógicos dos exercícios físicos.

Nesse mesmo período, Pestalozzi interessou-se por educação física e fez incursões até no campo da metodologia. Pestalozzi orientou a ginástica por parâmetros médicos, objetivando correções de postura. O autor relata ainda que o século após a Revolução Industrial e a Revolução Francesa (ambas no século XVIII) teve vários fatores determinantes para o desenvolvimento promissor da educação física e dos esportes.

Foi um período desafiador para o homem contemporâneo.

REVOLUÇÃO FRANCESA

A Revolução Francesa foi um movimento social e político que ocorreu na França no século XVIII. O objetivo principal era derrubar o Antigo Regime e instaurar um estado democrático que assegurasse os direitos de todos os cidadãos.

Foi inspirada pelas ideias iluministas e teve como lema “Liberdade, igualdade, fraternidade”, que se alastrou por todo o mundo. Derrubou regimes absolutistas. É um exemplo clássico de revolução burguesa. Teve início em 1789.

O crescimento das cidades e a consequente diminuição dos espaços livres limitavam a possibilidade de cenários apropriados aos exercícios físicos e às práticas esportivas. A permanência dos trabalhadores na mesma posição durante longas horas de trabalho, concorrendo para o aumento de problemas posturais, o aumento das horas de estudo e a imobilidade imposta por severa disciplina criaram, para os jovens, os mesmos problemas dos trabalhadores.

Todos esses fatores levaram a uma atenção maior à atividade física. Nesse sentido, quatro correntes caracterizaram a história da educação física durante o século XIX:

A corrente alemã representa um notável impulso pedagógico aos exercícios físicos, reencarnando os ideais clássicos da educação helênica. Por influência de Rousseau, a ginástica passou a ser incluída entre deveres da vida humana. As ideias pedagógicas da época foram, de certo modo, sufocadas na Alemanha pelo aparecimento de um novo modelo de ginástica, de conteúdo patriótico-social. A palavra Gymnastik foi substituída por Turnkunst (arte da ginástica) e ia ao encontro das necessidades do povo.

O importante era formar o forte. “Viver quem pode viver” era o lema. Os exercícios físicos não eram meios de educação escolar, mas, sim, da educação do povo. Foram criados aparelhos de barra fixa e barras paralelas. Os alemães foram os precursores do esporte que hoje se chama ginástica artística.

Na corrente nórdica, frutificaram as ideias pedagógicas alemãs, principalmente na Dinamarca. Na Suécia, foi criado em 1804 um instituto militar de ginástica, o mais antigo estabelecimento especializado do mundo. Quatro anos depois, inaugurou-se um instituto civil de ginástica, também para formação de professores de educação física.

Então, foi implantada a ginástica nas escolas. Os suecos, arrasados por causa da guerra com a Rússia, pretendiam que a ginástica colaborasse para elevar a moral do povo. Em 1813, foi fundado o Real Instituto Central de Ginástica de Estocolmo (hoje, Escola Superior de Ginástica e Esportes). A ginástica sueca se preocupava com a execução correta dos exercícios, emprestando-lhes um espírito corretivo, como Pestalozzi já havia feito.

Na França, a ginástica foi introduzida por militares, que dominaram o panorama da educação física francesa ao longo do século XIX. Em 1819, foi fundado o primeiro instituto de ginástica para o exército e para as escolas civis. Apesar do marcante espírito militar, a ginástica foi introduzida nas escolas francesas, sendo ministradas quase sempre por suboficiais, sem cultura geral nem formação pedagógica.

A corrente inglesa, baseada nos jogos e nos esportes, é a única das quatro correntes, nesse período, com uma orientação não-ginástica. Concebida para envolver a prática esportiva em uma atmosfera pedagógico-social, a escola inglesa incorporou,
no âmbito escolar, o esporte com uma conotação verdadeiramente educativa, haja vista a importância que era dada ao fairplay. Oliveira (1983, p. 43) afirma que, apesar do êxito da ginástica, esses países não se conformaram em tela como único instrumento para a prática dos exercícios físicos. Por influência do espírito britânico, vários esportes atingiram grande popularidade.

No fim do século XVIII e início do século XIX, a juventude e os trabalhadores ingleses estavam com uma vida miserável, jogados às bebidas, aos jogos de azar e aos maus costumes.

Tentando reverter esse quadro, a igreja e os educadores motivaram a população à prática dos jogos e dos esportes, em substituição às práticas deploráveis apresentadas.

De acordo com Ramos (1982, p. 230), reportando-se aos jogos, prática muito evidenciada pelos ingleses, destaca-se a figura de John Locke, o primeiro a atribuir valor educativo aos jogos. Mais tarde, ainda na primeira metade do século XIX, Thomas Arnold divulgou-os e os empregou em larga escala, atribuindo-lhes excepcional importância na formação dos jovens. O mesmo aconteceu com outras modalidades esportivas, como o remo e a natação.

Tubino (1992) defende que o esporte moderno surgiu na Inglaterra, no Colégio de Rugby, com Thomas Arnold, em 1928.

Thomas utilizou os jogos praticados pelos aristocratas e burgueses ingleses e os incorporou ao processo educativo. Os alunos dirigiam os jogos e criavam regras e códigos próprios, dentro de uma perspectiva pedagógica, estimulando situações de fairplay, respeitando as regras, os códigos, os adversários e os árbitros.

Essa iniciativa, muito bem aceita por todos, não ficou restrita ao Colégio de Rugby. Logo, difundiu-se para todo o povo inglês. Mais tarde, com a necessidade de criar
entidades que coordenassem as disputas, surgiram federações e clubes. Nascia, então, um componente efetivo do movimento esportivo – o associativismo, que, além de motivar a criação dos clubes, fomentou o fairplay.

O conceito de fairplay é vinculado à ética no universo do esporte. Na prática, o fairplay é caracterizado por ações de educação com o outro. É preciso respeitar o adversário, lembrando-se de que ele é um elemento importante para a prática da atividade. O fairplay deve conduzir o comportamento dos atletas dentro e fora de uma atividade competitiva.

O mesmo autor aponta que Thomas Arnold tentou introduzir o utilitarismo no desenvolvimento do esporte moderno. Nessa premissa, ele identificava, na sua concepção de esporte, três características
principais: é um jogo, é uma competição e é uma formação. As duas primeiras características referenciavam o esporte antigo dos gregos. Entretanto, quanto à formação que o esporte propiciava, segundo Arnold, o entendimento era diferente, pois, ao contrário de Platão, que tentava unificar corpo e alma, ele considerava o corpo como um meio de contribuir à moralidade. Assim, o esporte era compreendido como um auxiliar do corpo.


Os Jogos Olímpicos da Era Moderna


Ramos (1982) relata que Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin, humanista francês, foi incomparável praticante e admirador dos esportes e via na atividade um excelente meio de formação geral. Renunciando à vida militar e repudiando a carreira política, com 20 anos de idade, Coubertin fez uma viagem de estudos à Inglaterra. Lá, direcionou o seu futuro para a educação. É dele a frase: “O mundo exige-nos um
novo homem; formemo-lo através de uma nova educação”.

Em 1887, inspirado nos princípios de Thomas Arnold, resolveu organizar os tempos de recreio dos estudantes e utilizar o valor educativo dos esportes, proclamando o “meio tempo pedagógico-esportivo”. Nessa época, com 24 anos de idade, já tinha um sonho, que era reviver os Jogos Olímpicos. Após um período de reuniões e estudos sobre a maneira de como restaurar os Jogos, no dia 23 de junho de 1894, na Universidade de Sorbonne, em Paris, reuniu 12 nações, representadas por 79 delegados, que confirmaram a proposta de realizar o evento olímpico.

No dia 6 de janeiro de 1896, no estádio de Atenas, a Grécia celebrava os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, com a participação de 285 atletas. Desde então, de quatro em quatro anos, os jogos foram celebrados. Exceto em 1916, 1940 e 1944, devido às duas grandes guerras mundiais. Renascia, assim, o Olimpismo, com o propósito de utilizar o esporte como um meio de aproximação dos povos e raças pela paz internacional (RAMOS, 1992).


O movimento esportivo mundial

O primeiro movimento esportivo mundial moderno foi preconizado por Thomas Arnold, que era, então, diretor do Colégio de Rugby, no período de 1795 a 1842. Esse movimento foi denominado de Cristianismo Muscular, que tinha como finalidade a prática dos jogos educativos e exercícios desportivos, dando origem a boa parte dos esportes atuais (RAMOS, 1982).

De acordo com Tubino (1999), durante muito tempo o mundo entendeu o esporte somente pelo aspecto do rendimento. A alta performance e a sede de vitórias a todo custo provocaram reações expressivas, que podem
ser caracterizadas por três movimentos:

A reação da intelectualidade internacional, inconformada com os rumos perversos que o esporte vinha tomando, provocou a elaboração de artigos por autores renomados. Hoje, são considerados clássicos, tais como: Antonelli, Noronha Feio, Cazorla Prieto, Cagigal, Clayes, Manuel Sergio, dentre outros. Houve também conferências e comunicações em congressos internacionais.

Os organismos ligados ao esporte passaram a publicar documentos filosóficos que trataram do fenômeno esportivo que tiveram influência na ruptura do conceito de esporte, entendido somente na perspectiva do rendimento.

Os documentos que mais podem ser colocados como referências para este período de mutação foram: o Manifesto Mundial do Esporte, editado pelo Conselho Internacional de Educação Física e Esportes (CIEPS), da Unesco, em 1964; a Carta Europeia de Esportes para Todos, redigida e distribuída pelo Conselho da Europa, em 1966; o Manifesto Mundial de Educação Física, publicado em 1970, pela Federação Internacional e Educação Física (FIEP) e a Carta Internacional de Educação Física e Esportes, editada pela Unesco, em 1978.

O Trim foi um movimento nascido na Noruega em 1967. Depois, recebeu o nome de Esportes para Todos. Esse movimento chegou praticamente a todas as nações do mundo com denominações diversas, dentre elas: Trimm, na Alemanha Ocidental (1970); Participation, no Canadá (1971); Education Physique pour Tours, na França (1973); Esportes para Todos, no Brasil (1977) etc. Contestava efetivamente o esporte de alto nível, evidenciando que sua elitização confrontava-se com as possibilidades democráticas da prática esportiva


A Associação Cristã de Moços

Outra ação considerada propulsora do esporte moderno foi a Young Men’s Christian Association – YMCA (Associação Cristã de Moços – ACM), que adotava as práticas esportivas no conteúdo de suas atividades e criava novas modalidades esportivas, como o basquete em 1891, o voleibol em 1895 e o futebol de salão em 1933 (TUBINO, 1992, p. 46).

A ACM foi fundada em 6 de junho de 1844, em Londres, na Inglaterra. Foi idealizada por George Willians, na época com 23 anos de idade, que liderou um grupo de jovens imbuídos de espírito voluntarioso. Eles se reuniam com o propósito de melhorar a qualidade de vida da juventude da época. A ACM é um movimento mundial, cristão, ecumênico e voluntário, destinado a homens e mulheres, jovens e idosos, que procura compartilhar o ideal cristão de construir uma comunidade de justiça com amor, paz e
reconciliação para a plenitude da vida a toda a criação.

A referida instituição associou suas ideologias religiosas aos preceitos do esporte moderno após o estabelecimento de suas sedes nos Estados Unidos, em meados do século XIX.

Nesse período, é aprovado o lema que dispõe de quatro objetivos para a instituição: “a melhoria espiritual e mental, da condição social e física dos jovens”.

Ao longo dos anos, as ACMs se expandiram por todas as partes do mundo. Tal expansão propiciou uma vinculação da instituição a projetos esportivos de cunho educativo e esse foi um dos seus principais atrativos para a entrada de novos sócios (YMCA, 2011).


O direito de todos à prática do esporte

A partir da década de 70 do século XX, tem início o esporte contemporâneo. Isso se deu a partir da publicação dos diversos manifestos relacionados ao esporte, principalmente quando a Unesco publicou, em 1978, a Carta Internacional de Educação Física e Esportes. Esse manifesto, que no primeiro artigo estabelece que “a prática da Educação Física e do esporte é um direito fundamental para todos”, provocou modificações profundas no papel do estado diante do esporte. Possibilitou até a inclusão do tema nos textos constitucionais, como aconteceu no Brasil, na Constituição Federal de 1988. Pode-se afirmar que, depois da publicação desse documento, o mundo passou aceitar um novo conceito de esporte. Nesse contexto renovado, desenvolvido a partir do pressuposto de direito de todas as pessoas, independente de sua condição, muitos tiveram acesso às práticas esportivas. Nesse sentido, o esporte, como um direito de todos, pode ser entendido pela abrangência da suas três manifestações; o esporte-educação, o esporte participação e o esporte de rendimento.

Atualmente, o número de idosos e portadores de deficiência física que têm o hábito de praticar esportes aumentou muito em todas essas manifestações esportivas. Eles participam desde as práticas esportivas informais do esporte participação até os eventos do alto rendimento esportivo, que envolvem os atletas paralímpicos e os atletas da categoria Master.


O Manifesto do Desportos


De acordo com Tubino (1999), Philiph Noël-Baker, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1959, assinou em 1964, logo após os Jogos Olímpicos de Tóquio, o Manifesto do Desporto. Esse documento reconheceu, pela primeira vez, a existência de outras manifestações esportivas além do esporte de rendimento. Em seu texto, admitia também a existência de um esporte escolar e de um esporte do homem comum, que tinham conteúdos diferentes. (Dica: TUBINO, Manoel José Gomes. O que é esporte. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999
pág. 24.)




Pesquisa transcrita/adaptada por Raul Vaz da Silva Neto
Professor de Educação Física
Fascículo 02 – Curso Olimpíada e Cidadania – 2011 (FDR e O POVO).

Transformando Suor em Ouro - Bernardinho NO VOLEI E NA VIDA

Frases extraídas de seu livro:


Compreender a importância da instrução no desenvolvimento cultural e profissional.

Dedicar-se com obstinação, na busca de um objetivo.

Entender a paixão como fator essencial de motivação.

Superar as limitações pessoais pela disciplina.

Nunca esquecer que a vaidade é inimiga do espírito de equipe.

Buscar o "brilho da vitória" no olhar de seus colaboradores.

Trabalhar a perseverança, a obstinação, não desistindo nem recuando diante de obstáculos.

Desenvolver o senso de observação.

Entender que o sentido de coletividade é mais importante do que eventuais centelhas individuais.

Combater o desperdício de talento.

Falhe ao planejar e estará planejando falhar.

Monitorar constantemente sua vaidade.

Treinar ao nível extremo significa desenvolver ao máximo sua capacidade de realização.

Detectar e desenvolver talentos é uma das principais atribuições do líder.

Estudar, ler, observar, questionar constituem o processo de preparação.

Assumir o desafio de, ao encontrar um time pronto, conquistar as pessoas e fazer delas o "SEU" Time.

Lembrar-se sempre de que o talento, por si só, não basta.

Boas performances dependem de conteúdo (fruto de preparação) + entusiasmo (fruto da paixão).

Encarar os desafios como grandes oportunidades.

Não prometer o que não pode ou não pretende cumprir.

Entender a importância de todas as peças, mesmo as "consideradas" menos importantes.

Criar metas ideais.

Acreditar na força transformadora do efeito pigmalião (quanto mais o chefe mostrar que acredita no potencial de seus colaboradores e se dedicar a eles, maior será sua produtividade)

Não rotular as pessoas.

Concertrar-se no condicionamento, nos fundamentos e na união para a formação de uma equipe vitoriosa.

Trabalhar para fortalecer a parte emocional, de forma a não perder o foco na execução de uma tarefa.

Tentar entender os porquês de uma derrota, assumir suas responsabilidades e seguir em frente.

Inconformismo, insatisfação - sem isso, não se dá um passo à frente.

Não existem atalhos para o sucesso, mas o trabalho intenso é a estrada mais curta.

Errar na forma é aceitável, mas nunca na intenção.

O questionamento é uma grande fonte de crescimento, e o crescimento permanente, uma grande fonte de satisfação.

Entender a importância do trabalho em equipe (Team Work)

Incentivar lideranças.

Manter a motivação sempre elevada.

Preservar e buscar se superar constantemente.

Trabalhar o comprometimento e a cumplicidade entre as peças da "grande engrenagem".

Disciplina e Ética são hábitos que perpetuam os bons resultados.

Assumir responsabilidades e tentar extrair lições das derrotas para não repetir os erros.

O verdadeiro líder deve se manter sempre atento aos seus colaboradores.

Tentar evitar as armadilhas do sucesso.

Ter consciência coletiva exige desprendimento, solidariedade, companheirismo e espírito de equipe.

Uma equipe nem sempre é formada pelos melhores, mais capazes, mas sim pelos colaboradores certos.

Uma equipe vencedora tem sempre bons reservas.

Ter senso de urgência. (realizar cada tarefa como se fosse a mais importante. Jogar cada ponto como se fosse o decisivo.)

Entender que a condição de favoritismo atribuída a nós por outros deve servir como sinal de alerta.

Saber que as vitórias do passado só garantem uma coisa: grandes expectativas e maiores responsabilidades.

Criar zonas de desconforto para afugentar a armadilha do sucesso e testar o comprometimento dos vitoriosos.

Conscientizar-se de que o verdadeiro campeão controla a vaidade para que, como um autêntico TEAM PLAYER, eleve o nível de atuação de todos à sua volta.

Um trabalho de preparação meticuloso é o caminho mais curto para a vitória.

É importante que os "primeiros da classe" se preparem com a mesma intensidade daqueles que os perseguem, caso contrário serão alcançados e provavelmente ultrapassados.

Optar pelas pessoas certas e não pelas mais talentosas.

Focar no trabalho de equipe.

Fomentar as lideranças no grupo.

Treinamento extremo. (nada substitui o treinamento)

Buscar equilíbrio entre cobranças e condições externas.

Atenção ao sucesso e suas armadilhas.

Buscar constantemente a excelência.

Bernadinho, Técnico da Seleção Brasileira de Vôlei - Masculino Adulto.




TEM WORK

"Se não houver paixão, se não houver comprometimento, tudo o mais é inútil".

"A Expectativa gera responsabilidade, o que leva à necessidade de mais trabalho e a uma atenção ainda maior aos detalhes".

"O Sucesso tem muitos pais, mas o fracasso é quase órfão".